O Presidente da República confessou não estar autorizado a divulgar o conteúdo da resposta de Francisco.
O Presidente da República manifestou-se feliz com a resposta dada pelo papa Francisco ao convite para visitar Portugal em 2017 por ocasião do centenário das aparições de Fátima, sem revelar o que disse concretamente.
"Eu não estou neste momento autorizado a poder dizer publicamente qual a posição do Santo Padre. Nós sabemos que recebe muitos convites. Não estou autorizado a dizer publicamente, o máximo que eu posso dizer é que saí muito feliz da audiência", revelou Marcelo Rebelo de Sousa numa conferência de imprensa na residência da embaixada portuguesa junto da Santa Sé.
O chefe de Estado português foi hoje recebido pelo papa Francisco, numa audiência a sós que durou cerca de meia hora, e seguidamente encontrou-se com o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, cargo equivalente a primeiro-ministro, que confirmou a sua presença em Fátima nos dias 12 e 13 de outubro deste ano.
Ao papa Francisco, Marcelo entregou um "convite formal do Estado português para a visita em 2017 a Portugal por ocasião do centenário das aparições de Fátima".
"Não posso acrescentar nada quanto à posição do santo padre quanto ao convite, mas posso dizer o meu estado de espírito, isso posso. E o meu estado de espírito é de quem saiu muito feliz da audiência", disse o Presidente perante a insistência dos jornalistas.
Questionado se a natureza do convite é para que a visita decorra não só em Fátima mas também em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "O convite é para uma visita a Portugal, ponto final parágrafo, não entra em pormenores".
Em 2013, o então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, já havia convidado o papa Francisco a visitar Portugal em 2017.
Marcelo Rebelo de Sousa cumpriu hoje a sua primeira visita enquanto chefe de Estado, ao Vaticano, no mesmo dia em que segue para Madrid, onde se encontra com os reis de Espanha.
O Presidente justificou o destino da sua primeira visita ser ao Vaticano, com o facto de ter sido essa a primeira entidade a reconhecer internacionalmente Portugal como um estado independente e D. Afonso Henriques como rei.
A independência de Portugal e o título de rei a Afonso Henriques foram reconhecidos pelo papa Alexandre III em 1179.