O Presidente da República considera importante a ação do Primeiro-Ministro em defesa da estabilidade do sistema financeiro.
Marcelo Rebelo de Sousa entende que António Costa agiu para defender o interesse público e manter o sistema financeiro estável.
No passado sábado, o jornal Expresso noticiou que o chefe do governo se reuniu com Isabel dos Santos. Uma intervenção no caso BPI, que Pedro Passos Coelho e o PSP criticaram com firmeza, exigindo explicações.
Esta manhã, perante o governo em peso, numa sessão de cumprimentos no Palácio de Belém, Marcelo considerou que António Costa atuou bem.
O Presidente lembra que a Constituição subordina o poder económico ao poder político, daí que considere a ação do Primeiro - Ministro como "natural que todos os governos da zona euro estejam permanentemente atentos àquilo que é a garantia da estabilidade do sistema financeiro".
Marcelo Rebelo de Sousa entende que seria "desejável" que o tema merecesse "um consenso nacional pacificador" em Portugal.
Num "sistema que tem uma forte componente pública", o chefe de Estado entende que a intervenção de Costa tem plena justificação.
Mas Marcelo faz questão de diferenciar entre a partidarização da economia, entendida como a defesa de interesses privados; e a defesa do interesse nacional. Em nome do cumprimento da Constituição, o Presidente da República diz que só pode ter um entendimento, porque "se trata de cumprir" a lei fundamental e a "legalidade vigente".
Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que "são duas realidades diversas, que é bom que não sejam confundidas na vida nacional".