Governo apresenta os primeiros dados do Relatório Anual de Segurança Interna e cria uma nova entidade para melhorar o combate ao terrorismo.
O Conselho Superior de Segurança Interna reuniu esta segunda-feira, presidido pelo primeiro-ministro, António Costa, e aprovou o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2015.
Os primeiros números apontam para um aumento de 1,3% da criminalidade geral participada e um decréscimo da criminalidade violenta e grave de 0,6% em relação ao ano anterior. O documento e mais dados só serão tornados públicos na próxima quinta-feira.
Contactado pela TSF, Rui Pereira, o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo não esconde que Portugal enfrenta alguns fenómenos criminais preocupantes, mas ainda assim o país não tem índices preocupantes.
Confrontado com estes números, Rui Pereira afirma que "o país continua a ser globalmente seguro. Isto não é um cliché, é uma associação séria e rigorosa da nossa realidade". Quanto aos crimes que merecem mais atenção, o presidente do OSCOT aponta para a "violência doméstica e criminalidade sexual" e também "a corrupção".
Em comunicado, o Governo explica ainda que o Conselho Superior de Segurança Interna decidiu ainda criar um Ponto de Contacto Único Nacional sob a égide do Secretário-Geral do Sistema de Segurança Interna.
Será esta nova entidade a coordenar a cooperação policial internacional, reunindo o Gabinete Nacional SIRENE (GNS), o Gabinete Nacional Interpol (GNI), a Unidade Nacional Europol (UNE), Oficiais de Ligação, os Centros de Cooperação Policial e Aduaneira (CCPA"s) e os Pontos de Contato Prum (PcPrum).
O objetivo, segundo o executivo, é melhorar a cooperação policial, a troca e a partilha de informações a nível internacional, nomeadamente no combate ao terrorismo.
Rui Pereira, o presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo considera que esta é uma iniciativa positiva porque na luta contra o terrorismo é fundamental trabalhar em rede.
Para Rui Pereira "tudo o que seja reforçar a coordenação entre forças de segurança no domínio do combate ao terrorismo, da prevenção e repressão do terrorismo e da investigação dos crimes de terrorismo parece positivo".