Ana Lopes comanda, a partir desta sexta-feira, um destacamento de 16 militares na Grécia. Pela primeira vez uma mulher lidera uma missão fora de portas.
Em plena crise humanitária, trabalhar na fronteira entre o Mediterrâneo e a Europa é muito mais que um grande desafio operacional. Ana Lopes comanda, a partir desta sexta-feira, 16 militares da GNR que irão reforçar a vigilância de fronteiras e resgate de refugiados do mar na ilha de Kos, na Grécia, integrando uma missão internacional.
A capitã portuguesa destaca o trabalho com os refugiados como uma tarefa abrangente, num cenário de muita sensibilidade e fragilidade. "Nós fizemos uma preparação para reagirmos nestas situações, em que podemos ser deparados com pessoas em estado de hipotermia, ou em situações de estado de choque, porque viveram uma situação traumática. Por isso, a nossa abordagem é fundamental para conseguir estabelecer uma ligação com aquelas pessoas, para que elas possam confiar em nós".
No mar e em terra, a GNR tem os objetivos bem definidos. Ana Lopes explica que os operacionais da GNR vão, na Grécia, "vão fazer com que todas as pessoas, migrantes e refugiados, que tentem entrar em território europeu sejam controladas. E depois, que não haja perda de vidas humanas no mar".
Ana Lopes é militar há 16 anos e é, a partir de hoje, a primeira mulher a comandar uma missão da GNR fora do território nacional. Será assim nos próximos três meses.