Pedro Passos Coelho justifica a deslocação do primeiro-ministro, António Costa, à Grécia como um primeiro ensaio para explicar que as coisas não vão correr tão bem como estava previsto.
O líder do PSD disse na 9ª edição da Universidade Europa, na Curia, que o Governo socialista está também a antecipar o relatório que a UE vai apresentar em breve sobre a situação portuguesa no último trimestre, e que mostrará que o caminho de austeridade seguido pelo anterior executivo social-democrata, apesar de difícil, era o mais acertado.
Por isso, Passo Coelho apela ao Governo que interrompa as reversões que tem vindo a fazer em vários setores, incluindo nas empresas públicas.
Pedro Passos Coelho tem dificuldades em perceber a posição do Governo socialista na Europa e questiona o facto de António Costa insistir em aproximar-se da Grécia, quando no entender do ex-primeiro-ministro, a aproximação de Portugal deveria ser à Irlanda, o que potenciaria "maior autonomia e decisão do nosso futuro".
Avança ainda Passos Coelho com a sua leitura da ida a Atenas do primeiro-ministro António Costa: "é o primeiro ensaio para depois vir dizer que as coisas não vão correr como previam".
Mas, não é a única razão apontada por Passos Coelho, que adianta ainda que é uma antecipação "aos resultados do relatório que a UE deve estar a divulgar este fim de semana sobre a situação de Portugal no último trimestre".
Por isso, o líder do PSD conclui que "o Governo deve não só interromper as reversões que tem vindo a fazer às escondidas, na educação, no ambiente e passando evidentemente pelas áreas das empresas públicas".
Passos Coelho insiste que o Governo deve esclarecer aos portugueses o caminho que está a seguir, para saberem com o que contar.
Depois de ter dado uma aula sobre a Europa, comparando tempos de um Portugal de há 30 anos, aquando da entrada para a CEE, com o país de hoje, o líder social-democrata ainda referiu a importância do combate à evasão fiscal, sugerindo a entrada em vigor imediata da normativa europeia que permite combater a fraude fiscal, referindo que tem havido uma "inação geral por parte do Governo".