Política

Portugal e Angola com "relações muito boas" e com "muita margem para progredir"

Leonardo Negrão / Global Imagens

O ministro dos Negócios Estrangeiros defende que o caso BPI não prejudicou as relações entre Lisboa e Luanda.

Augusto Santos Silva não confunde política com negócios. O ministro dos negócios estrangeiros nega que o caso BPI tenha prejudicado as relações diplomáticas entre os dois países.

"Aquilo a que chama os acontecimentos do BPI não tem nada a ver com as relações políticas e diplomáticas entre Portugal e Angola", afirmou.

"As relações de cooperação entre Portugal e Angola são muito boas e têm muita margem para progredir", disse Augusto Santos Silva à margem de um encontro com políticos lusodescendentes na sede da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), em Lisboa.

"Não tenho nada a ver com negócios", respondeu o ministro quando interrogado sobre as críticas feitas ao Governo pela Santoro, de Isabel dos Santos,

"É preciso separar com clareza. Não confundamos questões que têm a ver com negócios e o ambiente institucional dos negócios e questões que têm a ver com as relações político diplomáticas", disse, acrescentando, depois de questionado sobre o facto de a empresária Isabel dos Santos ser filha do Presidente angolano: "Eu sei distinguir as coisas e não trato de relações externas com base em relações familiares".

O chefe da diplomacia portuguesa salientou que o Governo português está a trabalhar no aprofundamento das relações com Angola e, em particular, a preparar a próxima visita do primeiro-ministro, António Costa, a Luanda, cuja data não quis revelar.