A biomassa verde aumentou em 40% das regiões do mundo. O presidente da Quercus contesta a ideia de que o mundo esteja mais verde.
A Terra está hoje mais verde do que há 30 anos, e tudo graças ao aumento dos níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, que atua como "fertilizante" para as plantas.
A conclusão consta de um estudo internacional publicado na revista científica "Nature Climate Change".
Segundo essa investigação, entre 1982 e 2015, verificou-se uma subida significativa da biomassa verde em quase metade das regiões do mundo (40%), ao mesmo tempo que apenas em 4% do planeta se detetou uma perda significativa de vegetação.
Ao disporem de mais dióxido carbono disponível, as plantas puderam gerar mais folhas para capturar o gás durante o processo de fotossíntese, um fenómeno que permitiu o abrandamento da concentração deste gás com efeito de estufa na atmosfera, aponta o estudo.
Não obstante, isto não significa que o aumento de CO2 na atmosfera seja benéfico para o clima, adverte o estudo. Um dos investigadores lembra
Que "as alterações climáticas, o aumento da temperatura global e a subida do nível do mar, o degelo ou as tempestades tropicais cada vez mais potentes são um facto".
Em declarações à TSF, o presidente da Quercus, João Branco disse que é sabido que "quando há um aumento do teor de dióxido de carbono as plantas crescem mais depressa. Os estudantes de botânica estudam isso em fisiologia vegetal". Para João Branco a afirmação de que o mundo está mais verde "é um disparate. A vegetação tem diminuído em marcha acelerada".