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Presidente de Cabo Verde acompanha investigação a 11 mortes em posto militar

Militares das forças armadas caboverdianas, chegam ao posto militar do Monte Txota, após terem sido encontrados 11 corpos. Dulceneia Ramos / Lusa

O presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, lamentou hoje a morte de 11 pessoas num posto militar no interior da ilha de Santiago.

Jorge Carlos Fonseca, fez esta comunicação através da página pessoal no Facebooklamentou hoje a morte de 11 pessoas num posto militar no interior da ilha de Santiago, adiantando que acompanha "muito de perto" a investigação.

"Dos tristes acontecimentos conhecidos hoje e ocorridos em Monte Txota, há que, em primeiro lugar, lamentar as vítimas, exprimir a nossa dor e a nossa solidariedade para com os familiares", escreveu o Presidente.

Onze pessoas, oito militares e três civis, dois dos quais cidadãos espanhóis, foram encontradas hoje mortas depois de um ataque ao destacamento militar no Centro Retransmissor de Monte Txota, em Rui Vaz, concelho de São Domingos, na ilha cabo-verdiana de Santiago.

O chefe de Estado cabo-verdiano endereçou também "sentimentos de pesar e de solidariedade" às autoridades espanholas, através da embaixadora acreditada em Cabo Verde.

Um dos soldados do destacamento, que se encontra desaparecido e está a ser procurado pelas autoridades, é, segundo o Governo de Cabo Verde, o suspeito da autoria das mortes, que terão tido "motivações pessoais".

Em conferência de imprensa, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, afastou ligações do ataque ao narcotráfico e rejeitou tratar-se de um atentado ao estado de Cabo Verde.

Dois dos civis mortos são espanhóis.

Segundo a agência espanhola Efe, que cita fontes diplomáticas, no momento do ataque haveria um terceiro cidadão espanhol no posto militar, mas que conseguiu escapar.

"As investigações prosseguem em bom e positivo ritmo", acrescentou Jorge Carlos Fonseca, adiantando que tem "acompanhado muito de perto a situação, nomeadamente através de informações minuciosas transmitidas pelo Governo" e de outras obtidas junto de colaboradores seus nas áreas militar e da segurança.

"Espera-se chegar em tempo adequado a conclusões consistentes sobre os factos e ao apuramento do(s) suspeito(s)", acrescentou.

Jorge Carlos Fonseca garantiu que a "tranquilidade permanece no país, incluindo a capital", adiantando que se mostram "completamente inexatas notícias sobre encerramento de aeroportos ou do espaço aéreo ou outras como a verificação de tiroteios na capital".

"Perante este ambiente de luto e dor para todos os nossos concidadãos, e como respeito pelas vítimas e seus entes queridos", o chefe de Estado cancelou a visita prevista à ilha do Fogo por ocasião das festas do 1.º de Maio.