O Reino Unido estará em maior segurança no seio da União Europeia (UE) e, se o referendo de 23 de junho ditar a saída dos "28", a paz na Europa poderá estar ameaçada, diz David Cameron
O primeiro-ministro britânico falava num discurso no Museu Britânico, em Londres, e lembrou os conflitos que sacudiram a Europa nos últimos séculos. Para David Cameron "a União Europeia tem contribuído para reconciliar países que tiveram problemas durante décadas".
Assim é do "interesse nacional do Reino Unido "manter o objetivo comum na Europa", de forma a evitar futuros conflitos entre países europeus.
"Esse objetivo necessita que o Reino Unido se mantenha como Estado-membro" da UE, defendeu.
"Cada vez que fechamos a porta à Europa, mais tarde ou mais cedo acabamos por nos lamentar, quer sejamos nós a influenciar a Europa ou ela a influenciar-nos", sublinhou.
O primeiro-ministro britânico insistiu no facto de que a UE "amplifica" os poderes do Reino Unido no mundo, ideia contrariada pelos que defendem a saída dos "28", que sustentam que a influência do país será maior fora da comunidade europeia.
"Nesta atual perigosa situação atual, a maior cooperação possível com os nossos vizinhos europeus é essencial", insistiu Cameron, citando os desafios postos pelo grupo Estado Islâmico (EI), pela Rússia e ainda pela crise dos refugiados.
Cameron chegou mesmo a lembrar Winston Churchill, primeiro-ministro britânico durante a Segunda Guerra Mundial.
"No pós-guerra, apoiava com paixão a aproximação dos países da Europa Ocidental, a promoção das livres trocas e a criação de instituições duradouras para que o continente nunca mais revivesse um conflito sangrento", recordou.
A 23 de junho próximo, num referendo, os britânicos vão pronunciar-se sobre se o Reino Unido se mantém ou se sai da União Europeia.
Até agora, as diferentes sondagens mostram que está tudo ainda em aberto.