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Senado vota sim. Dilma afastada da presidência do Brasil

Ueslei Marcelino/Reuters

Não houve surpresa de última hora. A Presidente brasileira foi suspensa por 180 dias. Dilma pode agora ser julgada por "crime de responsabilidade". Se for considerada culpada será destituída do cargo.

Bastava que uma maioria simples - 41 senadores - votasse a favor do relatório do senador Antônio Anastasia para que Dilma Rousseff fosse afastada do cargo.

Esse número acabou por ser atingido e ultrapassado. Dos 77 senadores que votaram, 55 disseram 'sim' à abertura do processo de impeachment da Presidente e 22 votaram contra.

Dilma Rousseff fica assim suspensa de funções num período até 180 dias. Vai ser notificada ainda esta manhã. Quem a substitui durante o tempo em que ficará afastada do cargo é o vice-presidente, Michel Temer, que deve fazer nas próximas horas uma comunicação ao país.

A sessão no Senado durou quase 20 horas. Começou às 15:00 (hora portuguesa) de quarta-feira e a votação só aconteceu esta quinta por volta das 10:30.

Fernando Collor de Mello, antigo presidente que foi alvo de um processo semelhante em 1992, foi foi o único que não assumiu claramente o sentido de voto.

No final da sessão, o advogado José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa de Dilma Rousseff, ainda tentou lançar um último apelo à consciência dos senadores.

A sessão no Senado durou quase 20 horas. Começou às 15:00 (hora portuguesa) de quarta-feira e a votação só aconteceu esta quinta por volta das 10:30.

Dilma Rousseff pode agora ser julgada pela justiça brasileira. Está acusada de editar, no ano passado, créditos suplementares e de usar dinheiro de bancos federais em programas do Tesouro, as chamadas "pedaladas fiscais".