Relatório ao qual a TSF teve acesso conclui que o aumento de 505 para 530 euros "não teve impacto significativo na criação de emprego"
O número de trabalhadores a receber o salário mínimo cresceu de 607 mil para 611 mil entre janeiro e março, e a quantidade registada de novos postos de trabalho a receber os 530 euros passou de 73 mil no primeiro trimestre de 2015 para mais de 87 mil nos primeiros tres meses deste ano. Foi um crescimento de 31 para 36% dos novos vínculos de trabalho a receber a Remuneração Mínima Mensal Garantida (RMMG).
O documento ao qual a TSF teve acesso mostra que o saldo líquido de postos de trabalho criados e terminados foi positivo, mas desceu: passou de 114.500 em 2015 para 108.800 em 2016. Trata-se de dados ainda provisórios mas nos quais o relatório se baseia para concluir que o aumento do salário mínimo "não terá influenciado de modo significativo a criação líquida de emprego".
Já a redução de 0,75 pontos percentuais da taxa social única paga pelos trabalhadores terá abrangido pouco menos de 230 mil trabalhadores em outubro de 2014, altura do acordo que a determinou, tendo depois aumentado quase 100 mil para perto de 330 mil pessoas.
No início do ano o governo decidiu o aumento da RMMG para 530 euros, um valor que deverá ser atualizado todos os anos, atingindo 600 euros em 2019. O executivo decidiu também uma redução de 0,75 pontos percentuais da TSU paga pelas empresas.
O aumento do salário mínimo será alvo de um balanço a cada trimestre.