Euro 2016

Foi de loucos. E no fim Portugal fez o que tem feito, empatou (3-3)

Um. Dois. Três. Três empates. Portugal cumpriu o mínimo. E apurou-se para os oitavos de final. Vem aí a Croácia. Acompanhe aqui "tudo o que se passa" em Lyon, em direto.

"Aguenta coração". A frase acabou por ficar celebrizada nesta casa, a TSF, pela voz de um "gigante" do relato. Jorge Perestrelo apelou a ele, ao coração, para que se aguentasse inúmeras vezes. Fazia-o em momentos como os 90 minutos do Hungria-Portugal. Era aí que o Jorge puxava do chavão e o repetia nas ondas da rádio. Hoje foi preciso coração.

Portugal parecia que estava num estranho jogo em que só queria correr atrás do prejuízo. Entrou mais forte, mas sofreu o primeiro golo, na sequência de um canto uma bola "pingou" para a entrada da grande área e um "tiro" de Zoltan Gera acabou no fundo das redes defendidas por Rui Patrício, logo aos 20 minutos.

A quem só bastava um ponto, Portugal correu atrás. Cristiano Ronaldo "rasgou" a defesa contrária e isolou Nani. O companheiro de ataque de CR7 não falhou. 1-1.

Veio a segunda parte. E mais sofrimento. Logo aos 2 minutos (47), o capitão húngaro rematou "lá para dentro". A bola ainda bateu em André Gomes antes de ir descansar um bocadinho no fundo da baliza portuguesa.

E Portugal lá se fez ao caminho outra vez. Dizem que é na adversidade que se vê quem é grande, com "G" maiúsculo. Ora, quem é que apareceu a resolver? Ele, claro: Cristiano Ronaldo. João Mário cruzou da direita e, como que por artes de uma mágica típica dos predestinados, Ronaldo encostou o calcanhar à bola e fê-la entrar na baliza de Király. 2-2.

Desengane-se quem achava que podia dar tréguas às unhas e que ia ter o ritmo cardíaco mais regularizado. Não ia ficar por ali a loucura. Outra vez Dzsudzsak, o capitão húngaro, e outra vez com um remate de longe que bateu num jogador português. Desta vez Nani. 3-2.

"Aguenta coração", diria o Jorge Perestrelo. O relógio marcava o minuto 62. E ele lá pareceu outra vez. Cristiano Ronaldo. Com a colaboração do companheiro de tantas diabruras nos tempos de Sporting. Ricardo Quaresma tinha acabado de entrar. Marcou um canto "à maneira curta" com João Mário e depois cruzou para a área. Foi com açúcar, como ele bem sabe fazer. E direitinha para a cabeça de Cristiano Ronaldo. O "matador" matou. Fez o 3-3. E colocou ponto final na indecisão.

Portugal passou mesmo, a fazer o que tem feito neste Europeu: empatar. Três pontos e o terceiro lugar trazem a Croácia como adversário nos oitavos de final.

O coração aguentou. Mas convém não abusar.