São olhares de esperança de quem perdeu tudo de um momento para o outro. Doze retratos de crianças refugiadas, no Líbano, vão inundar a cidade de Lisboa.
Instantes a seco, sem cumprimentos prévios. Antes de um olá, um disparo da máquina fotográfica de Nuno Veiga. As fotografias selecionadas demonstram o "primeiro impacto. Antes de qualquer cumprimento ou conversa", refere o repórter da agência Lusa.
A viagem ao Líbano aconteceu em novembro do ano passado, a convite da Plataforma de Apoio aos Refugiados. Quatro dias entre campos de acolhimento que ficam na memória do fotojornalista mais do que uma imagem, antes como uma lição. "Às vezes pensamos, apenas, que se tratam de pessoa rurais... mas não. São pessoas que tinham uma vida estável. Tinham um emprego... e de repente ficaram sem nada".
A maioria das crianças que conheceu é de nacionalidade síria. Das muitas fotografias recolhidas, Nuno Veiga selecionou doze que têm um traço comum. O olhar que finta o sorriso."Não demonstram o drama".
Nuno Veiga, da agência Lusa, acompanhou o trabalho das organizações internacionais que estão a ajudar os refugiados no Líbano. Imagens que saltam agora para as ruas de Lisboa como sinal de alerta.
As fotografias vão estar visíveis nas ruas de Lisboa até ao dia 19 de julho.