Política

Quem foi à Caixa? Ataque em Tóquio. Marcelo surpresa (5 notícias do dia)

TIAGO PETINGA/LUSA

Mário Centeno não precisou de crédito, mas de convencer a administração a Caixa a ficar mais tempo. Mais um massacre, agora na outra ponta do mundo. E um veto surpresa do Presidente. Notícias da manhã

1. Ora veja a fotografia acima. O Presidente recebia ontem a líder do Bloco, Catarina Martins, de quem ouviu garantias de que tudo vai bem no reino da 'geringonça'. Assim o disse, também, o PCP no final da sua audiência. E até o disseram CDS e PSD, garantindo que não esperam "o diabo" (palavra de Passos Coelho há dias) quando regressarem de férias, lá para setembro.

Ontem, de resto, a execução orçamental deu argumentos à esquerda: a redução do défice acentuou-se, mesmo que à custa de mais um corte no investimento público.Sem razões para descansar, é pelo menos um motivo para o PS sorrir e confiar que o próximo Orçamento será mais um obstáculo ultrapassado.

O que, na hora desta foto, Catarina Martins não sabia era que o Presidente tinha uma surpresa guardada para o final da tarde. Marcelo vetou a lei do PS, BE e PCP que entregava ao Estado, em definitivo, os transportes públicos do Porto (que até agora são geridos por privados). E vetou-a citando o programa do PS - garantindo assim que câmaras e próximos Governos terão margem de manobra para fazerem o que entenderem.

"Excessivo", disse Marcelo. E o Bloco não gostou, pedindo ao PS que insista na lei e desafie o Presidente. O PS, para já mantém-se em silêncio.

2. Se a montanha não cede, Maomé vai à montanha. A administração da CGD tinha apresentado a demissão, esperando sair de funções esta semana. Mas o ministro das Finanças ainda não tem garantias do BCE de que os novos nomes sejam aprovados. Vai daí, diz esta manhã o Jornal de Negócios, Mário Centeno deslocou-se à Caixa e foi pedir à administração cessante que lhe dê mais 15 dias (em funções), de modo a que não aconteça um vazio de poder no banco público. Soa a pedido de desculpas, mas o teor da conversa não é conhecido. Agora, falta um carta do Governo, para formalizar o pedido.

3. Há algum canto do mundo onde não haja um massacre? Ontem foi nos arredores de Tóquio, onde um homem invadiu uma clínica para pessoas com deficiência e atacou os pacientes com uma faca. Morreram pelo menos 19 pessoas, outras 25 ficaram feridas - num ataque que, desta vez, nada tem a ver com o Daech. Não esse, mas um ataque desta manhã na Somália já foi reivindicado pelos jihadistas. Já em Damasco, o alvo de hoje foi uma escola (ainda não se sabendo o número de vítimas).

4. A convenção Democrata arrancou com um... "i'm sorry". ("Sorry, Sanders"). O ex-candidato a candidato presidencial foi vítima do seu próprio partido, mas acabou aplaudido e elogiado, quando pediu que o país elegesse Hillary Clinton para Presidente. A única união, porém, faz-se em torno de Trump - em tudo o resto sobra a divisão, como explica o nosso enviado especial, o João Alexandre. No que sobrou da noite valeu Michelle, Michelle Obama.

5. E que tal um refresco? Podia dar-lhe uma notícia mais, mas hoje termino com uma sequência: um avião solar que acabou uma longa volta ao mundo; a despedida de Lisboa dos maiores veleiros do mundo; e o caro que lhe vai sair mergulhar na Fontana de Trevi. Mesmo assim, nós percebemos a tentação: é que nestes dias tem feito mesmo muito calor (já viu as temperaturas mínimas desta noite!?).

Hoje não se esqueça daquele telefonema aos avós (ou de os lembrar, se já não os tiver por perto). E não deixe de ouvir esta linda homenagem que lhes fez o Fernando Alves.

De resto, tenha um dia bom, feliz. E mande os parabéns aos homens que vão liderar esta casa. Já agora, perdoem-me esta palavra especial: parabéns, meus amigos Arsénio e Pedro. Que sejam tão felizes como merecem. Porque merecem. Tudo.