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Marrocos detém 52 suspeitos de terrorismo

Reuters/Arquivo

As autoridades marroquinas dizem ter ainda apreendido armas e material para construção de bombas. Os suspeitos seriam militantes do Daesh e planeavam ataques dentro e fora do país.

É o maior grupo de suspeitos detido em anos no país. Marrocos capturou 52 indivíduos que acredita serem militantes do grupo terrorista Daesh, esta quarta-feira. Os indivíduos faziam parte de uma lista de 143 nomes investigados pelos Serviços Centrais de Investigação Judicial de Marrocos.

Foram também apreendidas armas e material para construção de bombas, de acordo com as autoridades marroquinas. Os suspeitos estariam a planear utilizá-las em ataques dentro e fora de Marrocos, avança a agência Reuters. O grupo tencionava assassinar turistas e chefes militares e de segurança marroquinos.

O Ministro do Interior de Marrocos disse, em comunicado, que o grupo de detidos estava a tentar criar uma província do "Estado islâmico" dentro de Marrocos. Centenas de combatentes provenientes de Marrocos, Tunísia e Algéria têm-se juntado às forças radicais islâmicas na Síria e, recentemente, ameaçado regressar aos países de origem para criar novas células do Daesh.

Marrocos já desmantelou 38 alegadas células do grupo terrorista desde 2013. O país é um aliado do Ocidente no combate aos radicais islâmicos e está em alerta máximo desde 2014, quando o Daesh tomou controlo de largas regiões do Iraque e da Síria.

O mais recente ataque terrorista de que Marrocos foi alvo aconteceu em 2011, quando uma explosão num café em Marraquexe matou 15 pessoas.