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Turquia: tribunal opta pela prisão preventiva de 17 jornalistas

Sedat Suna/EPA

Os jornalistas são acusados de pertencerem a um grupo terrorista.

Um tribunal de Istambul decidiu hoje aplicar a prisão preventiva a 17 jornalistas turcos por suposta ligação destes ao clérigo Fethullah Gülen, acusado por Ancara pela tentativa de golpe de Estado, considerando que pertencem a um grupo terrorista.

Vinte e um jornalistas tiveram seus casos decididos pelo tribunal, sendo que quatro foram libertados e 17 foram mantidos presos preventivamente, divulgou a agência de notícias estatal Anadolu.

Entre os detidos está o jornalista veterano Nazli Ilicak, antigo deputado, que saiu do jornal pró-governamental Sabah em 2013, depois de criticar alguns ministros envolvidos num escândalo de corrupção.

Entre os quatro libertados está o conhecido jornalista Bulent Mumay, ex-editor do jornal Hurriyet.

Mais de 130 meios de comunicação foram fechados pelo Governo esta semana e cerca de 90 mandados de detenção emitidos contra jornalistas, medidas muito criticadas por organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos.

A Turquia considera a organização de Gülen, que reside nos Estados Unidos, como um grupo terrorista, que está por trás do golpe falhado de 15 de julho, que fez mais de 200 mortos e milhares de presos.

Fethullah Gülen nega as acusações feitas pelo Governo da Turquia.