Economia

António Ramalho assume liderança do Novo Banco

Diana Quintela/Global Imagens

Dois anos depois de nascer dos despojos do Império BES, o Novo Banco vai ter hoje o terceiro presidente.

António Ramalho, até aqui presidente da Infraestruturas de Portugal, assume o lugar que foi primeiro de Vítor Bento, e depois de Eduardo Stock da Cunha.

O gestor regressa ao Lloyds Bank. Quanto a António Ramalho, é um regresso à banca. Apesar de ser licenciado em Direito, teve desde cedo uma ligação forte ao mercado de capitais. Depois da privatização da banca, esteve ligado ao Totta & Açores, ao Pinto & Sotto Mayor e ao Crédito Predial Português. Regressaria mais tarde à banca, como administrador do BCP.

Foi também presidente da CP e da Estradas de Portugal e liderou o processo de Fusão da Estradas de Portugal com a Refer nos últimos dois anos.

António Ramalho foi escolhido para dirigir um banco que ontem apresentou prejuízos de 362 milhões de euros e que se encontra em processo de venda, pela segunda vez em menos de um ano.

O processo foi aberto já por este Governo e vários cenários estão em cima da mesa - desde a venda em bloco até à alienação parcial, com futura venda em bolsa do restante.

O capital do Novo Banco é atualmente detido pelo Fundo de Resolução da Banca, comandado pelo Banco de Portugal.

Entre os interessados na compra do Novo Banco estão três fundos internacionais e o BPI.

Numa carta recente enviada à Comissão Europeia, o Governo português admitiu que se não aparecer uma proposta razoável para comprar a instituição, o executivo não injeta mais dinheiro e o banco até poderá ser liquidado.