Último balanço indica a morte de 130 pessoas. Elas seguiam a bordo de uma embarcação de pesca que naufragou na quarta-feira perto da costa do Egito.
O número foi avançado, hoje, por um responsável do Ministério da Saúde egípcio depois de terem sido recuperados, esta manhã, 53 corpos".
A embarcação virou-se no Mediterrâneo, a cerca de 12 quilómetros ao largo da cidade portuária de Rosetta, e 163 pessoas foram resgatadas.
Este naufrágio surge meses após responsáveis da agência de gestão de fronteiras da União Europeia (Frontex) ter alertado para o crescente número de migrantes que tentam alcançar a Europa a partir do Egito, um novo ponto de partida para a perigosa travessia e que surge na sequência do encerramento da rota dos Balcãs e do acordo União Europeia (UE)/Turquia sobre migrações e refugiados.
As embarcações disponibilizadas pelos traficantes estão muitas vezes em mau estado e sobrelotadas com passageiros que pagaram a viagem.
De acordo com a ONU, mais de 10.000 pessoas morreram desde 2014 quando tentavam atravessar o Mediterrâneo em direção à Europa.
"O Egito está a tornar-se num país de partida", tinha já referido em junho o diretor executivo da Frontex, Fabrice Leggeri, numa entrevista a jornais regionais alemães.
"Este ano, [até meados de setembro], 1.000 embarcações vindas Egito chegaram a Itália", disse.
De acordo com os dados mais recentes do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), mais de 300.000 migrantes atravessaram o Mediterrâneo para chegar à Europa em 2016, contra 520.000 nos primeiros nove meses de 2015.