Sociedade

Algarve acolhe primeira casa abrigo para homens

Fernando Fontes/ Global Imagens

Porque a violência doméstica não é um fenómeno que se conjuga apenas no feminino, os homens vítimas de violência doméstica vão passar a ter um espaço, onde podem viver longe das mãos dos agressores.

Fica no Algarve, tem capacidade para colher dez pessoas, e é da responsabilidade da Fundação António Silva Leal.

À TSF, o presidente da instituição, explicou que a ideia de abrir uma porta amiga para homens agredidos, surge com base na experiência que já têm com mulheres. Carlos Andrade fala num questão de justiça e igualdade.

"Já gerimos casa de mulheres e apercebemo-nos que o fenómeno também atinge os homens. Faz todo o sentido esta casa até por uma questão de igualdade. Os homens devem ter, nesta matéria, as mesmas oportunidades". O projeto é pioneiro e vai ser avaliado dentro de um ano.

A casa abre portas depois de amanhã, sexta-feira, e vai funcionar nos mesmo moldes das casas de abrigo para mulheres. Serão as autoridades e organizações de apoio à vítima que farão o encaminhamento das vítimas para o abrigo.

Para Carlos Andrade concretiza-se um desejo antigo, que foi apresentado ao governo anterior, mas foi chumbado por não ser considerado "prioritário". Com uma visita recente da secretária de Estado para a Igualdade tudo mudou. O projeto foi apresentado e diferido.