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António Guterres vai nomear mulher para secretária-geral adjunta

o atual e o futuro secretário-geral da ONU Brendan McDermid / Reuters

O futuro secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou hoje que vai nomear uma mulher para secretária-geral adjunta.

O futuro secretário-geral da ONU, António Guterres, anunciou hoje que vai nomear uma mulher para secretária-geral adjunta.

"Quando propuser uma secretaria-geral adjunta será uma mulher. É a minha firme intenção que seja uma mulher", afirmou o antigo primeiro-ministro português, nas primeiras declarações à imprensa portuguesa desde que foi eleito para secretário-geral da Organização da Nações Unidas.

Guterres vincou que "é normal em termos de paridade que, se o secretário-geral for um homem, a secretária-geral adjunta seja uma mulher e que se a secretária-geral for uma mulher que o secretário-geral adjunto seja um homem".

Vários especialistas indicaram que António Guterres deve escolher uma candidata de entre as que participaram na eleição, mas o novo secretário-geral disse que ainda não tem nenhum nome.

"Ainda não estamos nessa fase, isto foi tão rápido que estamos a viver cada momento por si e depois na altura própria terei de fazer as consultas, que são indispensáveis de acordo com as normas, e escolher a pessoa mais indicada", explicou, acrescentando que a sua " preocupação é de estabelecer um regime de paridade nas Nações Unidas, com um caminho para isso tão rápido quanto possível, visto que a situação hoje é tão desequilibrada".

Entretanto, o futuro secretário-geral designado da ONU, António Guterres, disse hoje, nas primeiras declarações à imprensa portuguesa desde que foi eleito, que ainda não teve tempo de pensar no que vai mudar na sua vida.

"Não, ainda não tive tempo. Ainda não pensei a sério em tudo o que vai mudar na minha vida. Tenho de agradecer imenso à minha família, sobretudo à minha mulher, aos meus filhos e à minha mãe, pela grande compreensão que tiveram em balançar esta campanha, porque isso vai causar enormes problemas a todos eles e todos foram de uma extraordinária solidariedade", declarou o antigo primeiro-ministro português.

O antigo Alto-comissário para os refugiados afirmou que a rapidez com que o processo foi concluído o surpreendeu.

"Houve uma aceleração no fim que deixou toda a gente surpreendida e eu próprio me senti surpreendido. Fui sentindo que o caráter aberto deste processo, o facto de ter havido provas publicas, debates, me tinha favorecido, mas obviamente era muito difícil saber o que se ia passar dentro das paredes fechadas do Conselho de Segurança. Eu próprio fui surpreendido pela rapidez da decisão", confessou.