Um "pipeline" de dinheiro vai rumar à Arábia Saudita para salvar a economia sunita.
Vai ser a primeira vez que a Arábia Saudita recorre ao mercado financeiro internacional em busca de dinheiro fresco; e vai ser logo em grande escala.
As previsões apontam para a colocação em venda de 18 mil milhões de euros com diferentes maturidades. São obrigações a cinco, 10 e 30 anos. Uma mega emissão que está a merecer uma volta ao mundo dos responsáveis sauditas através das praças financeiras, com destaque para Londres e Nova Iorque.
Além dos membros do governo de Riade também participam os dirigentes da companhia estatal de petróleo. É neste sentido que os falcões dos negócios olham com especial atenção para a possibilidade de privatização ou liberalização de dois setores super-protegidos pelo reino saudita. O setor bancário e os negócios do petróleo.
A crise na Arábia Saudita tem a ver com a queda dos preços do Ouro Negro. Este o deficit situa-se nos 79 mil milhões de euros.
Assim mais do que petróleo o reino precisa de dinheiro; dinheiro fresco para combater um défice orçamental cheio de gorduras. Os dados são do Fundo Monetário Internacional: Há 24 anos que a Arábia Saudita não tinha resultados tão negativos. O défice do país é de 13,5% do Produto Interno Bruto.