Política

BE para António Costa: Salários na CGD não são "assunto encerrado"

Manuel de Almeida/Lusa

"É absolutamente inaceitável que existam salários milionários na Caixa", disse Catarina Martins ao primeiro-ministro. PCP também criticou "salários fartos". António Costa não respondeu.

Pelo meio do debate sobre o próximo Conselho Europeu, a líder do Bloco de Esquerda furou o protocolo e disparou para António Costa. "Tem a integral oposição do BE aos salários dos gestores da Caixa Geral de Depósitos, é pura e simplesmente inaceitável. Se o salário ao nível do primeiro-ministro não é suficiente para garantir qualidade e desempenho, nada será", considerou Catarina Martins.

Ficou o aviso bloquista. "A Assembleia da República será confrontada novamente com esse tema porque para o Bloco este não é um assunto encerrado".

O PCP, pela voz de Jerónimo de Sousa, lembrou que, ainda esta manhã, PSD e PS chumbaram uma proposta comunista para limitar as remunerações dos gestores públicos e privados, a 90% do salário do Presidente da República. Proposta que ficou pelo caminho apesar dos votos favoráveis do PCP, BE e CDS. "Resultado, PSD e PS votaram contra permitindo assim o farto aumento de salários e privilégios", concluiu o secretário-geral do PCP.

António Costa não respondeu, escutou de cara fechada os reparos dos parceiros que apoiam o Governo e depois, à saída, esteve alguns minutos em conversa com um deputado bloquista.