Esta noite, depois de uma cimeira dos 28, o presidente do Conselho Europeu afirmou claramente e sem rodeios que Moscovo age com a intenção de enfraquecer a Europa.
Em declarações numa conferência de imprensa depois de uma reunião em que muito se falou das ações de Moscovo, Donald Tusk deu vários exemplos que indicam que as intenções de Moscovo são tornar mais fraca a União Europeia.
"Desde as violações do espaço aéreo, ciberataques, interferências nos processos políticos na União Europeia (UE) e, além disso, [campanhas de] instrumentalização nos Balcãs sobre as investigações à queda do voo da Malaysia Airlines", enumerou o presidente do Conselho Europeu.
Tendo em conta estes exemplos, Donald Tusk tira as devidas ilações. "Face a estes exemplos, é claro que a estratégia da Rússia é enfraquecer a UE", afirmou, acrescentando que os líderes europeus não têm "ilusões" e concordaram, "acima de tudo, em manter a unidade".
O presidente do Conselho Europeu salientou que a Europa não tem qualquer intenção de ter um mau relacionamento com Moscovo. "Fazemos uma avaliação sóbria da realidade e não temos ilusões. A escalada das tensões com a Rússia não é o nosso objetivo. Estamos simplesmente a reagir aos passos dados pela Rússia", sublinhou.
Por agora, a União Europeia endurece o discurso, mas não fecha a porta ao diálogo: "Nunca vamos comprometer os nossos valores ou princípios".
Donald Tusk, a falar no final do primeiro dia de uma cimeira em que Teresa May é outra das protagonistas. A primeira-ministra britânica estreia-se em reuniões de líderes europeus e assegurou aos ainda parceiros que o Brexit é mesmo para avançar.
No entanto, o presidente do Conselho Europeu deu a entender que o processo ainda é reversível, assim queiram os britânicos.