Segurança

Greve dos seguranças pode afetar aeroportos, hospitais e tribunais

Seguranças privados fazem esta quinta-feira greve de 24 horas. Querem aumentos nos salários e um novo contrato coletivo de trabalho. Esperam-se atrasos nos aeroportos.

A greve marcada para esta quinta-feira dos trabalhadores da vigilância privada pode afetar aeroportos, mas também vários outros serviços, nomeadamente públicos, onde as portarias estão dependentes de empresas de segurança.

A convicção é do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância e Atividades Diversas (STAD), que convoca a greve, que sublinha que o setor tem perto de 35 mil trabalhadores em todo o país que desempenham funções em áreas tão variadas como, por exemplo, os aeroportos, hospitais, tribunais ou centros comerciais.

É no entanto difícil prever, ao certo, o real impacto da greve.

O sindicalista Rui Tomé não acredita contudo no fecho de serviços, apesar de esperarem uma forte adesão à greve convocada por várias razões, mas sobretudo porque há cinco anos que tentam renovar o contrato coletivo de trabalho e desde essa altura que não há aumentos de salários num setor que habitualmente "paga mal".

Na sequência desta greve, a ANA, empresa que gere os aeroportos, já previu que o processamento de passageiros sofra constrangimentos, pelo que quem vai voar esta quinta-feira deve chegar aos aeroportos com uma "antecedência superior à habitual".

Em agosto, devido a uma greve dos trabalhadores do raio-x, o tempo de espera para o controlo de segurança no aeroporto de Lisboa atingiu as duas horas.

Para esta tarde, o sindicato tem prevista uma manifestação à porta da Associação das Empresas de Segurança, que em declarações à TSF admite que as condições dadas aos trabalhadores não são boas, mas sublinha que o setor sofre cada vez mais com a concorrência desleal que não é bem fiscalizada pela Autoridade para as Condições do Trabalho e é mesmo promovida pelos serviços do Estado.