Nuno Félix, o chefe de gabinete que se demitiu esta semana na sequência da polémica das licenciaturas contou a sua versão dos factos à TSF.
Saiu, pelo próprio pé para proteger o atual secretário de estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo. "Ele nada tem a ver com esta polémica, até porque não foi ele que assinou o meu despacho", conta à TSF. No dia em que decidiu demitir-se Nuno Félix enviou um sms a João Paulo Rebelo e ao ministro Tiago Brandão Rodrigues, que por essa altura estava na Colômbia, em encontros preparatórios da Cimeira Ibero-Americana. "Talvez por isso ainda não me respondeu", defende.
À TSF Nuno Félix assume as divergências com o anterior secretário de estado, João Wengorovius Meneses e diz que "as atitudes e as declarações que tem feito nos últimos dias demonstram bem o tipo de pessoa que é." O ex-chefe de gabinete lembra que João Wengorovius sempre soube de tudo, das licenciaturas por terminar e do erro na publicação em diário da república mas que isso "nunca foi motivo de divergência, nunca foi assunto". Acrescenta ainda que, a ser verdade que Wengorovius não concordava com a situação tinha poderes para o exonerar e nunca o fez. A conclusão de Nuno Félix é simples: "João Wengorovius está a tentar fazer um ajuste de contas. E nada mais que isso."
Quanto ao erro na publicação da nota curricular de Nuno Félix no Diário da República, assume que "devia ter sido corrigido e devia ter sido eu a tomar a iniciativa de o fazer. Não o fiz e esse foi o meu erro".
Nuno Félix confirma também as divergências entre João Wengorovius e Tiago Brandão Rodrigues, diz que são "duas pessoas muito diferentes sobretudo na postura com que desempenham funções públicas."