O aviso é do Presidente da República que se vai encontrar na XI Cimeira da CPLP com Teodoro Obiang, presidente da Guiné Equatorial.
Sem referir nomes ou países e com muita diplomacia, Marcelo Rebelo de Sousa lembra os princípios subjacentes à Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa. E os Direitos Humanos fazem parte do ADN da CPLP. Isto a propósito da pena de morte, que ainda é uma realidade na Guiné Equatorial. Marcelo avisa que "o princípio [dos Direitos Humanos] é bom e é para ser cumprido".
No dia em que arranca mais uma cimeira de chefes de Estado e de Governo dos nove países que fazem parte da CPLP, Marcelo sai em defesa da proposta de Portugal, que será apresentada por António Costa.
O Primeiro-ministro vai defender a livre circulação de pessoas entre os membros desta comunidade. Uma ideia que Marcelo Rebelo de Sousa considera muito positiva, "de difícil concretização, mas não impossível". Primeiro é preciso colocar os Estados membros todos de acordo, lembra o Presidente, e depois procurar implementar "com pequenos passos" essa livre circulação, uma forma de aproximar mais as pessoas.
O primeiro ponto na agenda oficial de Marcelo Rebelo de Sousa esta segunda-feira é um encontro com o Presidente do Brasil. Michel Temer encontra-se também com António Costa, mas em nenhuma circunstância aceita responder a perguntas dos jornalistas, talvez porque nos últimos dias voltou a ver-se envolvido em mais um escândalo de corrupção.