Mundo

Lançada ofensiva para conquistar Raqa, bastião sírio do Daesh

Elementos da força democrática síria, norte de Raqa © Rodi Said/Reuters

Raqa é a capital do grupo extremista Daesh. A operação está a ser levada a cabo pela força árabe-curda, apoiada pelos Estados Unidos.

A força árabe-curda, apoiada pelos Estados Unidos, lançou uma grande ofensiva para tomar Raqa, capital do grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria, aumentando a pressão sobre os jihadistas tal como em Mossul, Iraque, informa a AFP.

Separadas por quase 400 quilómetros, Mossul e Raqa são as duas últimas cidades controladas pelo EI, que perdeu uma grande parte dos territórios conquistados em 2014 na Síria e no Iraque.

"A grande batalha para a libertação de Raqa e da sua província começou", anunciou o porta-voz da ofensiva Jihan Cheikh Ahmad. Washington, que dirige a coligação internacional anti-jihadista, confirmou o início das operações para isolar Raqa.

Batizada de "Cólera do Eufrates", a ofensiva começou sábado à noite sob o comando das forças democráticas sírias (FDS), uma aliança anti-EI dominada por forças curdas e que integra combatentes árabes.

O porta-voz da FDS, Talal Sello, admitiu que em Raqa, onde os jihadistas estão implantados no seio da população, a "batalha não será fácil". Do mesmo modo, precisou que a operação se desenrolará em duas etapas: libertar a província de Raqa para isolar a cidade e, depois, tomar a cidade.

A batalha, previu, passa ainda por três eixos: Ain Issa, Tall Abyad (100 quilómetros a norte de Raqa) e pela localidade de Makman.

Este responsável confirmou também que a Turquia não tem participação nesta operação. "As Forças Democráticas da Síria (FDS) chegaram a um acordo com a coligação internacional (dirigida pelos Estados Unidos) que a Turquia e as suas fações aliadas não terão participação na ofensiva sobre Raqa", disse à agência de notícias francesa France Presse.