Até ao fim de novembro, em Coimbra e Leiria há muitos filmes para ver, a maioria em português. O programa incluiu estreias absolutas e filmes internacionais premiados.
A 22ª edição do Caminhos Film Festival, que hoje arranca em Coimbra, deslocaliza parte da programação, pela primeira vez, para cidade de Leiria. A intenção é a de criar uma rede de programação de cinema português na região centro.
Curtas e longas-metragens, e ainda filmes de animação, preenchem até dia 26 de novembro, o Teatro Académico Gil Vicente, no Convento de Santa Clara a Nova, em Coimbra, mas também os teatros Miguel Franco e José Lúcio da Silva, em Leiria.
Só a seleção principal do Festival Caminhos oferece 33 horas de cinema, a maioria em português.
"Cartas da Guerra" de Ivo M. Ferreira é incontornável no Festival de Cinema "Caminhos", que mantém a sua génese e aposta sobretudo em filmes com assinatura portuguesa. "Com duas equipas de júri em permanência, uma em Coimbra e outra em Leiria, a avaliar as duas seleções", explica Vítor Ferreira, diretor do festival.
Neste júri há nomes como a atriz Rita Salema, o maestro António Vitorino de Almeida, ou o escritor João Tordo, que vão avaliar o melhor do cinema português. "Há muito cinema português e há um trabalho árduo para escolher o melhor do que foi produzido", acrescenta. No total, foram apresentados 417 filmes.
A abrir o Festival, "Refrigerantes e Canções de Amor", de Luís Galvão Teles, conta com o argumento de Nuno Markl. Vítor Ferreira não quer entrar numa onda de destaques, mas é inevitável fugir à resposta. "Uma comédia na abertura, ao lado de Cartas de Guerra, permite abranger dois públicos completamente diferentes. Há uma multiplicidade de estilos. Temos como primeira exibição, estreia nacional absoluta a longa-metragem "Zeus", de Paulo Filipe Monteiro.
O Caminhos Film Festival nunca teve dificuldades em ter cinema português. Ainda assim, todos os anos destaca alguma região do mundo. Este ano é a Catalunha, que preenche a secção dos Caminhos Mundiais. A abrir esta secção vai estar o prémio Goya deste ano para curtas-metragens: "El Corredor", de José Luís Montesinos.
E para não esquecer ninguém, ao longo do Festival Caminhos, haverá sessões também para crianças e para seniores.
Dos 135 filmes selecionados, o cinema português está em maioria, representado com 78 filmes. Ainda assim, o Caminhos Film Festival conta com a participação de 32 países, sendo Espanha a segunda nação mais representada com 9 filmes convidados seguindo-se de outros países com representações significativas, como a Alemanha (7), EUA (7), Brasil (5), França (4), Irão e Singapura com 3.