A Polónia reabriu na semana passada a investigação à morte do antigo presidente Lech Kaczynski, da sua mulher e de altos dirigentes do Estado.
O antigo presidente da Polónia foi uma das 94 vítimas do acidente aéreo na Rússia ocorrido em 2010, quando o avião tentava aterrar no aeroporto de Smolensk.
Na altura, alguns dirigentes polacos defenderam a tese de atentado, embora a Rússia tenha afirmado que se tratou de um acidente.
Agora, uma equipa de peritos internacionais, para a qual foi escolhido um especialista português, Duarte Nuno Vieira, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, vai tentar perceber quem tem razão, através da autópsia dos corpos.
Lech Kazinsky ia participar numa cerimónia onde seriam lembrados os 22 mil militares polacos executados pelos serviços secretos soviéticos em 1940.
O antigo presidente era irmão gémeo do líder do partido de direita, atualmente no poder na Polónia.
Jaroslaw Kaczinsky, que foi primeiro-ministro entre 2006 e 2007, bem como vários dirigentes deste partido conservador, acusam a Rússia de terem dissimulado um atentado terrorista.
No entanto, na altura, a Rússia fez uma investigação concluindo ter-se tratado de um acidente, devido a erro humano e ao mau tempo.
Agora, a investigação foi reaberta e nela participa uma equipa internacional que se juntou aos médicos legistas polacos.
Além de Duarte Nuno Vieira, a equipa é ainda composta por peritos do Reino Unido, Suíça e Dinamarca.
Duarte Nuno Vieira salienta que o caso está em segredo de justiça mas as perícias ainda vão prolongar-se por alguns meses