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Fórmula 1 é "demasiado cara". Malásia esta fora do circuito a partir de 2018

Fórmula 1 - Grande Prémio da Malásia 2016 © Edgar Su/Reuters

Governo da Malásia não vai prolongar contrato com a Fórmula 1. Decisão surge um dia depois de Ecclestone ter manifestado intenção de introduzir alterações na prova para a tornar "mais atrativa".

O ministro da cultura e turismo da Malásia, Seri Nazri Aziz, disse hoje que o governo não vai prolongar o contrato com a Formula 1, que termina em 2018.

No parlamento malaio Seri Nazri Aziz justificou a decisão dizendo que "a organização da F1 é demasiado cara" e lamentou a queda do turismo para presenciar o Grande Prémio da Malásia.

Esta medida não se aplicará às provas do campeonato do mundo de motociclismo, que tem um número mais elevado de seguidores.

O Circuito Internacional de Sepang, na Malásia, acolhe anualmente a F1 e o MotoGP desde 1999, ano em que o britânico Eddie Irvine venceu o Grande Prémio de F1, pela escuderia Ferrari.

A decisão do governo malaio surge um dia depois de Bernie Ecclestone, agora diretor-executivo da Fórmula 1, ter defendido alterações na prova para a tornar "mais atrativa".

Numa entrevista ao jornal inglês Sunday Times, publicada domingo, Ecclestone defendeu repartir em duas corridas os grandes prémios. Ecclestone disse acreditar que duas corridas de 40 minutos em cada grande prémio, com um intervalo que permita aos pilotos concederem entrevistas, iria cativar audiências, patrocinadores e publicidade.

"As pessoas têm períodos de atenção mais curtos e muitas modalidades estão a procurar fórmulas que reduzam o tempo dos jogos ou competições", justificou Ecclestone.

No entanto, o britânico, de 86 anos, mostrou muitas dúvidas sobre a recetividade do atual 'patrão' da Fórmula 1, o magnata norte-americano John Malone, que comprou recentemente os direitos do Campeonato do Mundo.

Redação