Política

PS: "PSD quer que CGD corra mal mas isto vai correr bem!"

O presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista (PS) Carlos César discursa durante o debate de aprovação das Grandes Opções do Plano para 2017 e votação do Orçamento do Estado para 2017 (OE 2017) na Assembleia da República em Lisboa 04 de novembro de 2016. ANTÓNIO COTRIM/LUSA António Cotrim/Lusa

Carlos César acusa o PSD de "fazer barulho por nada", visando uma eventual privatização do banco público. O líder parlamentar do PS rejeita acesso de António Domingues a "informação privilegiada".

"Isto vai correr bem!". A exclamação quase parecia um desabafo depois de Carlos César ouvir as acusações do PSD.

"O PSD não quer saber se há ou não há conflito de interesses até porque anteriores administrações de alguns bancos públicos foram contratadas junto de reguladores, esses sim que tinham informação completa e privilegiada sobre todas as instituições bancárias. O que o PSD quer todos nós já compreendemos, é que isto corra mal e para que se concretize aquilo que o PSD mais deseja sobre a CGD: é que correndo mal se concretize a privatização desta instituição bancária. Ora aquilo que nós damos garantias é de que isto vai correr bem", rematou o líder parlamentar socialista.

Minutos depois de Luís Montenegro ter exigido "um esclarecimento consequente" por parte do primeiro-ministro, o PS acusava os sociais-democratas de "fazer muito barulho por nada" e rejeitava que tenha havido acesso por parte de António Domingues a informação privilegiada durante as reuniões com as instituições europeias.

"Aquilo que essas reuniões visaram era aquilo que era natural que se constituísse como um pressuposto da sua nomeação: a constatação de que o processo de recapitalização e reestruturação da Caixa era possível com capitalização pública sem que isso fosse considerado ajuda de Estado. E foi essa a sua diligência. De resto, não faz sentido nenhum dizer que o Dr. António Domingues teve acesso a informação privilegiada por parte da Direção Geral da Concorrência, quando por definição a DGComp assegura que não haja essa informação privilegiada", sublinhou César.