O Museu do Dinheiro é visitado por 350 pessoas por dia. O número é avançado pelo governador do Banco de Portugal, que fez de guia numa visita da TSF ao espaço a propósito dos 170 anos da instituição.
O Museu do Dinheiro é visitado por 350 pessoas por dia. O número é avançado pelo governador do Banco de Portugal, que fez de guia numa visita da TSF ao espaço a propósito dos 170 anos da instituição.
Aberto de quarta-feira a sábado desde abril, o Museu do Dinheiro é, nas palavras de Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, um sucesso: "é um balanço muito positivo e surpreendente", afirma.
O governador aceitou fazer de guia na visita da TSF ao Museu a propósito dos 170 anos do Banco de Portugal. A conversa começou junto a uma barra de ouro igual às usadas pelos bancos centrais. Com o tamanho de uma caixa de óculos, a barra pesa mais de 12 kg e à cotação atual, vale perto de meio milhão de euros. Os visitantes podem tocá-la e foi assim que a visita começou.
"Nunca imaginei que tivesse tal afluência", confessa com satisfação, explicando um empenho pessoal no sucesso da infraestrutura: "apostei muito no Museu como instrumento de promoção da literacia financeira, de promoção do conhecimento da História de Portugal através dos instrumentos que suportavam a atividade financeira, sobretudo as moedas e as notas, e a afluência média de 350 pessoas por dia é muito significativa", sublinha.
Carlos Costa afirma ainda que o espaço constata que "as pessoas se deixam prender com aquilo que temos para mostrar e saem daqui com a ideia que têm de cá voltar", porque "há muita história, muita curiosidade, muitos elementos que só aqui conseguem ver ou tocar ".
O Museu do Dinheiro está aberto de quarta a sábado, das 10h00 às 18h00. A entrada é livre.
"Não transfiro responsabilidades para o BCE. Partilho-as"
Os bancos centrais da zona euro, incluindo o Banco de Portugal, estão numa fase de mudança: a supervisão de grande parte do sistema passou para as mãos do Banco Central Europeu (BCE). Questionado sobre os desafios que isso coloca ao regulador, Costa começa por garantir que "o Banco de Portugal não transfere responsabilidades, partilha-as".
"Tenho o privilégio de partilhar o poder de decisão com os meus colegas que fazem parte do sistema de bancos centrais", começa por afirmar, destacando que "dou-lhes a possibilidade de intervirem em decisões que condicionam a situação financeira em Portugal e eles dão-me a mim a possibilidade de eu intervir e votar em matérias que condicionam a situação financeira em países duma dimensão e poder económico superiores ao nosso".
É uma troca em que Portugal, segundo o governador, fica a ganhar: "se comprarmos o que recebo e o que dou, sou ganhador. Influencio decisões de países muito mais importantes e influentes da Europa", constata.