Economia

Multas e parquímetros ajudam a pagar a Carris

O presidente da Câmara de Lisboa Fernando Medina discursa durante a cerimónia de assinatura do memorando para o novo modelo de gestão da Carris que contou com a presença do primeiro-ministro António Costa (ausente na foto) no Museu da Carris em Alcântara Lisboa 21 de novembro de 2016. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA António Pedro Santos/Lusa

O Presidente da Câmara de Lisboa garante que vai saber gerir uma empresa historicamente deficitária. E já encontrou as receitas necessárias.

A oposição acusa-o de ter feito um mau negócio e de se preparar para aumentar impostos, multas e o valor dos parquímetros para financiar a Carris. Fernando Medina responde com as contas da Câmara que garante "têm superavit" e promete ter a receita perfeita para melhorar o serviço da empresa e torná-la financeiramente viável.

"Temos que encontrar outras fontes de receita para além da bilhética", explica o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. A estratégia passa por aumentar as fonte de receita da empresa, que deixou um passivo superior a 800 milhões de euros no Estado, através das receitas do estacionamento, das multas e das taxas de circulação. E chega? Fernando Medina garante que sim e não prevê que sejam necessárias "medidas adicionais para tornar a Carris sustentável".

A empresa, que deve passar para a gestão da Câmara de Lisboa no dia 1 de janeiro do próximo ano, gera um défice anual de cerca de 10 milhões de euros. Para a presidência da Carris, Fernando Medina escolheu Tiago Farias, até agora Presidente da Transportes de Lisboa.