A discussão deverá, no entanto, ser dominada pela polémica dos últimos dias sobre a Taxa Social Única (TSU).
O debate será aberto pelo primeiro-ministro, António Costa, seguindo-se, por esta ordem, as intervenções do PSD, BE, CDS-PP, PCP, PEV, PAN e PS.
O acordo obtido pelo Governo socialista e parceiros sociais em dezembro na concertação social, à exceção da CGTP, previa uma subida do Salário Mínimo Nacional para 557 euros -- já em vigor - e a descida da Taxa Social Única em 1,25 pontos percentuais.
No entanto, PCP, BE e PEV já anunciaram que irão suscitar a apreciação parlamentar do decreto que o Governo aprovou na segunda-feira sobre a descida da TSU. Na semana passada, o PSD anunciou que irá votar a favor dos diplomas destes partidos, o que, na prática, inviabilizaria a descida da TSU.
No fim de semana, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, justificou a posição do seu partido por o Governo PS querer tornar regra uma medida que o anterior Governo PSD/CDS-PP adotou de forma temporária, em vez de seguir a solução preconizada pelos sociais-democratas de fazer depender os aumentos do Salário Mínimo Nacional (SMN) da produtividade das empresas.
"Não peçam o nosso apoio para isso. Se dentro da maioria não se entendem para resolver este problema e forem os próprios partidos da maioria a levar a questão à Assembleia da República, o nosso voto não têm. Isso que fique claro", afirmou o presidente do PSD.
Pelo PS, a secretária-geral adjunta Ana Catarina Mendes desafiou o PSD a esclarecer até ao próximo debate parlamentar de que lado está e que caminho quer trilhar o partido, que acusou de desrespeito pela concertação social.
O último debate quinzenal realizou-se a 22 de dezembro, foi aberto pelo PSD e centrou-se igualmente em questões económicas, como a solução encontrada pelo Governo para os lesados do papel comercial do BES.