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Rússia avisa que fricções com Estados Unidos vão acontecer

Mikhail klimentyev/Kremlin via Reuters

Numa entrevista à televisão russa, o porta-voz do Kremlin considerou que "é um grande erro ter a ilusão que as nossas relações futuras entre os dois países estarão livres divergências.

Dmitri Peskov, advertiu que as fricções entre os Estados Unidos e a Rússia, os maiores países do mundo, são inevitáveis. O responsável acrescentou ainda que a Rússia é o maior país do mundo, que "não pode existir sem fricções ou conflitos de interesses".

O porta-voz do Kremlin anunciou que o presidente russo, Vladimir Putin, irá telefonar, nos próximos dias, ao seu homólogo norte-americano, Donald Trump, para o felicitar pela sua tomada de posse.

"É uma necessidade protocolar", apontou.

Por outro lado, adiantou que não há, para já, qualquer tipo de acordo ou decisão sobre uma possível reunião entre os dois chefes de Estado.

O porta-voz do Kremlin classificou como míope e pouco construtiva a postura da administração Obama no que diz respeito à crise na Ucrânia, apontando desconhecer-se que postura adotará Washington em relação a este problema, depois da chegada de Trump à Casa Branca.

Peskov apelou à cooperação entre Moscovo e Washington para encontrar uma solução pacífica para o conflito na Síria.

Sobre os protestos nos Estados Unidos contra Trump, o porta-voz russo apontou que no país existe uma "divisão quase sem precedentes, que não ajuda à grandeza desse país", escusando-se a fazer mais comentários, pelo menos a nível oficial.