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Tumultos no Rio de Janeiro

Ricardo Moraes / Reuters

Confrontos entre polícia e manifestantes durante protestos contra a austeridade no Rio de Janeiro.

Confrontos violentos entre a polícia e manifestantes eclodiram hoje perto da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro durante um protesto contra um plano de austeridade discutido pelo governo local para contornar uma grave crise financeira.

No centro da cidade do Rio de Janeiro, a polícia militar usou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar centenas de manifestantes.

O protesto foi organizado por funcionários públicos que têm salários em atraso desde o ano passado.

Além da falta de pagamento, os protestos incidiram também contra os planos que preveem aumentos de impostos, demissões e o corte de despesas, que voltarão a ser discutidos pelos deputados estaduais a partir de hoje, no final das férias parlamentares de verão.

Imagens transmitidas pelas redes de televisão brasileiras mostram a maior parte dos manifestantes a protestarem de forma pacífica, e alguns grupos a tentar violar as barreiras que cortavam o acesso à Assembleia Legislativa.

Um autocarro foi incendiado por um grupo de jovens encapuzados e uma agência bancária foi vandalizada, tendo os manifestantes incendiado alguns caixotes de lixo.

A atravessar uma grave crise financeira, o Rio de Janeiro estabeleceu em janeiro um acordo com o governo federal brasileiro de quem receberá empréstimos, mas em troca terá que adotar medidas de austeridade.

Uma destas medidas prevê o aumento de 11 para 14% das deduções salariais dos funcionários públicos para o sistema de aposentações.

O plano inclui a redução do número de funcionários públicos, o cancelamento de programas sociais e a privatização do sistema de tratamento de água.