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Seis funcionários da Cruz Vermelha mortos no Afeganistão

Ahmad Masood/Reuters

A Cruz Vermelha alerta para o perigo cada vez maior a que estão expostos os trabalhadores humanitários no Afeganistão.

"Podemos confirmar que seis dos nossos colegas foram mortos e dois estão desaparecidos na província de Jowjzan", disse um porta-voz do Comité Internacional da Cruz Vermelha à agência France-Presse, acrescentando que a entidade vai divulgar um comunicado sobre o assunto esta tarde.

O mesmo porta-voz escusou-se a revelar as nacionalidades das vítimas e dos desaparecidos nem quem esteve por detrás do ataque. "Estamos chocados, devastados", disse apenas.

As mortes de hoje surgem mais de mês e meio depois de um espanhol da Cruz Vermelha ter sido sequestrado, a 19 de dezembro, quando funcionários da organização estavam em viagem entre a cidade de Mazar-e-Sharif (Norte) e a vizinha Kunduz, localidade com forte presença dos talibãs.

O funcionário espanhol foi libertado quase um mês depois, mas o Comité Internacional da Cruz Vermelha não revelou as circunstâncias da sua libertação nem quem esteve por detrás do sequestro.

O presidente da Cruz Vermelha Internacional, Peter Maurer, também se mostrou consternado com o incidente de hoje: "Devastado com as notícias que vieram do Afeganistão". "As minhas sentidas condolências às famílias daqueles que foram mortos - e daqueles que ainda estão desaparecidos", sublinhou ainda.

Os trabalhadores humanitários no Afeganistão têm vindo a tornar-se, cada vez mais, em baixas do conflito que opõe combatentes talibãs e outros grupos militantes às forças do Governo afegão e tropas internacionais.

Em abril de 2015 foram descobertos os corpos baleados de cinco trabalhadores afegãos da organização Save the Children. Tinham sido sequestrados na província de Uruzgan (sul).