Social-democratas avançam com requerimento, entregue na comissão de inquérito à CGD, com quatro perguntas dirigidas ao ex-presidente da Caixa, António Domingues.
O PSD entregou, esta segunda-feira, um requerimento, em sede de comissão parlamentar, com perguntas para António Domingues, ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
De acordo com o texto a que a TSF teve acesso, o requerimento, assinado por José Matos Correia, vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, contém quatro questões que dão sequência à tese defendida pelos social-democratas, que afirmam que "o Sr. Ministro das Finanças continua a desmentir ter feito um acordo com o Dr. António Domingues para alterar o Estatuto do Gestor Público e assim eximir a administração da CGD da entrega das declarações de rendimento e património".
Assim, os deputados do grupo parlamentar do PSD querem saber se António Domingues "acordou ou não, como pressuposto para a sua aceitação do cargo de Presidente da CGD e dos convites que fez para o Conselho de Administração da CGD, a alteração do estatuto de gestor público, para que entre outras coisas, os membros do Conselho de Administração da CGD ficassem isentos da entrega da declaração de rendimentos e património?", e se, no caso de resposta afirmativa, "com que e em que termos", pode ler-se na primeira pergunta.
No requerimento entregue na Comissão Parlamentar de Inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à gestão do Banco, os social-democratas perguntam ainda se António Domingues "alguma vez teve com o Sr. Primeiro-ministro alguma conversa sobre este tema?", sendo que, em caso de resposta afirmativa, "quando e em que termos?".
Conferência de imprensa para anunciar a entrega do requerimento
Já durante a manhã, o deputado Hugo Soares tinha adiantado que António Domingues está na posse de informação que pode acabar com a polémica em torno do banco público.
Em Braga, o social-democrata explicou, numa conferência de imprensa seguida pela SIC Notícias, que é preciso que António Domingues esclareça, por exemplo, o que sabia o primeiro-ministro sobre todo o processo mas também que seja claro sobre a existência ou não de um acordo que dispensava a entrega das declarações de rendimentos.
Hugo Soares, insiste que não é possível a António Costa continuar a desvalorizar toda a polémica, em particular aquilo que, para o PSD, foi uma mentira de Mário Centeno.
[Notícia atualizada às 15:40h]