Desporto

Carlos Lopes: "Ou se corre a sério ou não se corre"

António Pedro Santos/ Lusa

No dia da reabertura do Pavilhão Carlos Lopes em Lisboa a TSF falou com o antigo campeão olímpico que hoje celebra 70 anos. Carlos Lopes revela que as corridas são coisas do passado.

Aos 70 anos as sapatilhas já estão penduradas. Pelo menos para fazer aquilo que o notabilizou - correr.

À conversa com a TSF, Carlos Lopes explica que o atletismo profissional "deixa marcas" que às vezes "são um bocadinho dolorosas". Por isso "correr, correr, não! Ou se corre a sério ou não se corre". Nem por isso deixa de estar em contacto com a modalidade, o antigo campeão olímpico é diretor de atletismo do Sporting.

Sobre o atual momento da disciplina em que se distinguiu, as corridas de longa distância, constata que longe vão os tempos de glória do atletismo português. "Basta ver os tempos que a gente fazia e os tempos que hoje se fazem ". Sobre os motivos, aponta a "falta de paciência", a ânsia de resultados imediatos como principal razão já que sob o ponto de vista das condições, os atletas hoje estão melhor servidos.

Motivo de orgulho

Com a reabertura do museu Carlos Lopes, nasce também o museu dedicado à carreira do atleta. Aqui será possível contactar com alguns dos objetos "desde medalhas, taças, troféus, diplomas, fotografias com grandes nomes mundiais". O campeão olímpico diz que é "motivo de orgulho" e será em especial importante para as gerações mais novas para perceberem "os sacrifícios que uma pessoa consegue fazer para atingir estes momentos de valor".