O presidente da Câmara anunciou que a autarquia vai tomar posse administrativa da propriedade privada que integra o muro que caiu. Cinco prédios já foram evacuados e 78 pessoas realojadas.
Fernando Medina anunciou esta quinta-feira que a Câmara de Lisboa vai tomar posse administrativa da propriedade privada da qual faz parte o muro que caiu e afetou vários prédios na Rua Damasceno Monteiro, na Graça.
Os moradores dos prédios atingidos dizem que já tinham alertado a autarquia para as fissuras no muro que pertence a um condomínio e que está na traseiras dos edifícios. O presidente da Câmara promete analisar todas as comunicações entre os moradores dos prédios, do condomínio e a autarquia para apurar responsabilidades.
O autarca lembra, no entanto, que a prioridade é fazer avançar as obras o mais rápido possível com intervenções no muro e nos prédios, motivo pelo qual a Câmara avança com a posse administrativa do terreno.
Em declarações aos jornalistas durante uma visita à zona, o autarca prometeu ainda apurar todas as responsabilidades neste caso.
Entretanto, a Proteção Civil evacuou esta quinta-feira mais um prédio da rua Damasceno Monteiro, elevando para cinco o total de edifícios evacuados e 78 pessoas realojadas.
"No total, temos cinco edifícios evacuados. Na segunda-feira, foram três edifícios evacuados, os números 106, 108 e 110, no total de 49 pessoas realojadas. Na quarta-feira, foi o número 104, em que foram realojadas 16 pessoas, e hoje o 102, com 13 pessoas realojadas até agora", afirmou o chefe da Divisão de Operações e Apoio às Populações da Proteção Civil de Lisboa, Pedro Barbosa.
Além da evacuação dos números 102, 104, 106, 108 e 110 da rua Damasceno Monteiro, as lojas dos prédios dos números 100 e 112, num total de 10 lojas, também tiveram que encerrar portas por questões de segurança.
Parte do muro (propriedade privada) do condomínio Vila da Graça, no bairro Estrela d'Oiro, ruiu pelas 05:40 de segunda-feira, provocando um deslizamento de terras para as traseiras de quatro edifícios da rua Damasceno Monteiro (dos números 104 ao 110).
O deslizamento, cujas causas ainda não são conhecidas, provocou danos em quatro edifícios de habitação e em algumas viaturas.