Um incêndio deflagrou hoje à noite numa cela do Estabelecimento Prisional de Coimbra. Três guardas e um recluso tiveram que ser assistidos no hospital.
O incêndio deflagrou pouco antes das nove da noite e, em meia hora estava extinto. Ainda assim, o trabalho dos bombeiros demorou cerca de três horas, devido ao fumo intenso que se propagou pelos corredores do Estabelecimento Prisional de Coimbra.
De acordo com o presidente da Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional, Mateus Dias, o fogo foi posto por um recluso que incendiou um colchão e de imediato os guardas conseguiram dominar as chamas.
Todos os presos que estavam na ala onde começou o incêndio, na cave da prisão, foram retirados. Muito fumo e cuidados de segurança redobrados, como descreve Amândio Lapa, subchefe dos Bombeiros Sapadores de Coimbra. "Chegámos e deparámo-nos com dificuldades de acessibilidade porque o edifício é antigo. Depois a própria população prisional obriga a ter determinados cuidados de segurança, o que faz com que estas operações sejam limitadas no tempo".
O acesso dos bombeiros ao interior também não foi facilitado, nem mesmo a circulação interna, devido a questões de segurança.
Por se tratar de uma cave a concentração de fumo foi maior e isso foi mesmo o que deu mais trabalho aos bombeiros. "O edifício tem uma grande extensão, centenas de metros, e várias ramificações e houve disseminação de fumo por todos esses corredores, e obrigou a uma desenfumagem mais demorada", explica.
O subchefe dos sapadores de Coimbra refere que foram três guardas prisionais assistidos no hospital e um recluso, e que o incêndio ficou confinado à cela onde começou. "Foi um foco de incêndio numa cela da penitenciária de Coimbra, confinado à cela, mas que provocou muito fumo, havendo um alastramento pelos túneis e corredores do poiso em questão".
O indivíduo que terá ateado fogo a um colchão foi descrito como sendo um jovem, que já durante a tarde se tinha cortado e sido levado às urgências dos Hospitais da Universitários de Coimbra.
Os feridos foram acompanhados por uma equipa do INEM.
No local a combater o incêndio estiveram três corporações de bombeiros: Coimbra (sapadores e voluntários), Condeixa e Brasfemes, num total de 17 viaturas e 34 bombeiros, acompanhados ainda por elementos da Cruz Vermelha e da PSP.