Em entrevista à TSF, o antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol aponta ainda algumas "asneiras" feitas por Michel Platini.
Gilberto Madaíl, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) de 1996 a 2011, alerta que Portugal tem que ser defendido na UEFA. "Tem que haver vozes que defendam os interesses de países como o nosso. Há também que ter o cuidado de na UEFA tentar modificar estes conceitos", defende.
Em entrevista À TSF, o antigo dirigente considera que o trabalho para reconquistar a vaga perdida na UEFA tem que ser feito em conjunto e internamente.
"Quando eu fui para a Federação também só tínhamos, salvo erro, uma vaga direta. Mas conseguiu-se, com o esforço dos clubes, que é fundamental para ter uma posição mais ou menos propiciada. A Federação, a Liga e os clubes têm que pensar como é que podemos reconquistar essa vaga, porque isso representa encaixes financeiros muito grandes para os clubes, além de representar também uma falta de preciosidade, a nível internacional, dos nossos principais jogadores", diz.
O ex-presidente da FPF critica ainda o formato do Europeu de 2020 e as decisões de Michel Platini, ex-presidente da UEFA.
"Estive no Comité Executivo da UEFA. Não concordei com muitas coisas, nomeadamente com esta fórmula de disputa do campeonato da Europa de 2020. Um campeonato da Europa para um país é algo de muito importante. Agora dispersar, como vão fazer, por várias cidades europeias, não posso garantir, mas acho que irá ser fracassante em termos da UEFA. O senhor Platini cometeu, para além de outras coisas, cometeu muitas asneiras", conclui.