O selecionador português comparou o "clássico" com a final da Taça da Liga francesa, que se joga no mesmo dia.
Fernando Santos, selecionador português de futebol, assegurou esta segunda-feira que o 'clássico' não vai interferir nas escolhas para o desafio particular com a Suécia, esta terça-feira.
Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com os suecos, o técnico da equipa das 'quinas' lembrou que há outros jogos importantes no dia 1 de abril. Exemplo disso é a final da Taça da Liga de França, na qual estarão envolvidos João Moutinho e Bernardo Silva, pelo Mónaco.
"O lançamento do Benfica - FC Porto vai ser feito pelos meus colegas. A mim interessa-me fazer o lançamento do Portugal - Suécia. Vai ser uma grande alegria para o povo da Madeira, o estádio está esgotado e interessa-nos fazer um grande jogo para que as pessoas sintam orgulho de ver a seleção. Foi o que estive a fazer ontem: a analisar a Suécia", começa por dizer o selecionador.
O técnico foi mais longe e questionou o porquê do foco no 'clássico'. "Por que é que estamos só a abarcar um jogo? Vamos gerir", explicou, garantindo que vai fazer uma gestão normal da equipa: "É natural que alguns jogadores que não jogaram sábado possam ser utilizados. O jogo com a Suécia é importante para nós. Não há jogos particulares", frisou.
A possibilidade de ter jogadores a 'levantarem o pé' na partida com a Suécia foi também descartada pelo treinador campeão europeu: "Se algum jogador tivesse esse pensamento, com a relação pessoal que temos, com a franqueza que existe, já me tinha dito e já tinha pedido para não ir à Madeira. Não acredito nisso."
A polémica em torno da 'claque' de apoio à seleção e do Benfica, aliada a uma hipotética recusa 'encarnada' de acolher mais jogos de Portugal no Estádio da Luz também foi abordada. O selecionador apela à "serenidade" e garante que quer manter a "coesão" desde "a direção aos treinadores. É essa coesão que nos vai levar ao Mundial".
Sobre a Suécia, o técnico enalteceu o padrão nórdico de "equipas taticamente evoluídas", com jogadores "tecnicamente evoluídos": "Espero uma equipa compacta, rápida, que explora as costas da defesa, que sabe jogar e que tem alguns jogadores de grandíssima qualidade."
Cristiano Ronaldo atingiu a marca dos 70 golos e ficou a 14 de igualar o histórico Puskas como melhor marcador europeu de sempre por seleções. Fernando Santos recusou que o registo seja uma prioridade para a seleção. "Nem pensar. A prioridade é ganhar. Se pudéssemos arranjar uns jogos particulares com umas equipas fraquinhas", finalizou.