Política

CDS quer explicações do Governo sobre aumento do IMI para prédios rústicos

Igor Martins/Global Imagens

Centristas acusam executivo de "tributar tudo o que mexe" e castigar atividades em ascensão "para depois dar subsídios".

O CDS anunciou esta segunda-feira que vai pedir explicações ao Governo sobre o eventual aumento do IMI para as propriedades rústicas.

O Jornal de Negócios conta na edição desta segunda-feira que o executivo tem intenção de avançar com a medida até ao final do mês de abril. Na reação, esta segunda-feira na Assembleia da República, o deputado centrista, Pedro Mota Soares, acusou o governo de "ter duas fobias", a primeira das quais "tributar tudo o que mexe, especialmente o património".

"Já não bastava o aumento do IMI, para quem tem uma casa com mais sol ou vista, e agora o PS também quer tributar explorações agrícolas, que têm sobretudo uma rentabilidade agrícola", disse Pedro Mota Soares, que considera que os socialistas "cederam a uma pretensão do Partido Comunista de fazer a reforma agrária através da política fiscal".

Para o CDS, "se a agricultura está a correr bem, deve apoiar-se quem investiu, quem está a ajudar Portugal a crescer, a equilibrar a balança de pagamentos e não o contrário, penalizando atividades económicas que hoje são de sucesso", considerando que "a segunda fobia do governo é prejudicar os setores em crescimento para depois, se estiverem a correr mal, dar subsídios".

O CDS fica por isso à espera, até ao final de abril, dos esclarecimentos por parte do executivo sobre que medidas em concreto o Governo vai tomar e com quem foram negociadas, "para saber efetivamente quem vai pagar mais esta penalização de impostos.