Por mais interessante que seja o futuro que a internet das coisas nos promete, o presente vai dando sinais que vai dar asneira.
A falta de segurança informática em smart coisas como lâmpadas, frigoríficos, aquecedores, máquinas de lavar a roupa, televisores e por aí fora, é tão grande que todas as semanas há uma notícia de mais um ataque ou de mais um equipamento popular que pode ser vítima de hackers.
E mesmo os computadores não estão a salvo. Tanto assim que é cada vez mais comum ver-se a câmara dos portáteis tapada com fita-cola só para se ter a certeza que mesmo que um pirata entre no computador, pelo menos não pode filmar aquilo que não deve.
E é por isso que é fácil ver porque é que o Siime Eye é tão má ideia. O nome não o revela, mas trata-se de um smart-vibrator. Inteligente, porque os sensores que inclui permitem obter uma série de dados que muito provavelmente quem o utiliza quer que se mantenham privados, mas a má ideia nem é recolher essa informação. A má ideia é incluir wi-fi e uma câmara de filmar.
Claro. O olho digital está lá para que o vibrador possa enviar em direto e para outra pessoa ou outras pessoas, se for essa a preferência, um qualquer momento íntimo.
Uma ideia para apimentar a vida de um casal que poderia não ter grandes consequências, não fossem os hackers e uma péssima escolha para a password de origem da ligação wi-fi.
O alerta é feito pela consultora de segurança online Pen Test Partners. A palavra passe destes equipamentos é 888888. Pior, é quase impossível.
Fica um ultimo dado para quem - apesar de tudo isto - quiser cair no erro de comprar este vibrador com câmara de filmar e wi-fi incluídos: o Svakom Sliime Eye custa cerca de 250 euros.