O valor é revelado pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde ao jornal Público.
Fernando Araújo explica que o incentivo deverá permitir aos hospitais do Serviço Nacional de Saúde cumprir os novos prazos máximos de resposta para diversos atos médicos. Por exemplo, as consultas de especialidade passam a ter de ser realizadas em quatro meses, em vez dos atuais cinco.
Outra novidade diz respeito aos doentes cardíacos que terão direito a atendimento prioritário à semelhança do que já acontece com os doentes oncológicos. Para os doentes com insuficiência cardíaca grave, o prazo máximo para uma consulta será de 15 dias.
Há também novidades no que diz respeito a exames e tratamentos. Pela primeira vez, é fixado o prazo de 15 dias para um doente ter acesso a um tratamento de radioterapia, 30 dias para medicina nuclear e angiografias e, por fim, alguns exames como endoscopias, TAC e ressonâncias magnéticas passam a ter de ser realizados no máximo em 90 dias.
O secretário de Estado Fernando Araújo acredita que é possível cumprir os novos prazos com base na experiência do programa de redução das listas de espera para cirurgias, lançado em 2004.
Sobre o aumento de encargos com o pagamento extraordinário aos médicos, o governante espera que essa fatura possa ser compensada com o amento do número de atos médicos nas unidades de saúde públicas e consequente redução dos gastos com unidades privadas e do setor social, com as quais o Serviço Nacional de Saúde tem acordos. Só em meios complementares de diagnóstico e terapêutica, o ano passado, diz Fernando Araújo ao Público, o Estado gastou 440 milhões de euros.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, espera que nenhum médico fique de fora destes planos do governo.