Mundo

Maior partido da oposição grega contra acordo com credores

Dado Ruvic/Reuters

Acordo preliminar de redução da dívida foi anunciado esta terça-feira. Ministro das Finanças diz que medidas são vitais para relançar a economia do país.

O partido da Nova Democracia, o maior partido da oposição grega, anunciou esta terça-feira que não vai apoiar o acordo alcançado entre o governo de Atenas e os credores.

Citado pelas agência Reuters, o porta-voz do partido, Vassilis Kikilias, indicou que o partido não está disposto a apoiar novas medidas de austeridade que cortam as pensões e sobrecarregam ainda mais os impostos já pagos pelos gregos.

A Comissão Europeia, o Mecanismo Europeu de Estabilidade, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional confirmaram esta terça-feira o acordo preliminar alcançado com as autoridades gregas, a que se seguirão discussões sobre o alívio da dívida.

Numa declaração conjunta divulgada em Bruxelas, as instituições apontam que o pacote de medidas que Atenas se comprometeu a "implementar rapidamente" constitui a base para a conclusão da segunda revisão do programa de assistência em curso.

"Este acordo preliminar será agora complementado por mais discussões nas próximas semanas sobre uma estratégia credível para assegurar que a dívida da Grécia é sustentável", lê-se na declaração.

Pouco antes, o ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, havia anunciado que a Grécia chegou a um acordo preliminar com os credores, o qual deverá abrir caminho para discussões sobre a redução da dívida.

O ministro grego disse "estar certo" que o acordo vai permitir à Grécia obter um compromisso dos credores sobre medidas para permitir o alívio da dívida, o que considerou vital para relançar a economia debilitada do país.

Um acordo é necessário para desbloquear uma nova tranche de crédito que a Grécia precisa para pagar sete mil milhões de euros da dívida em julho.

As discussões entre a Grécia e os credores -- Comissão Europeia, União Europeia e Fundo Monetário Internacional (FMI) -- tinham sido retomadas em 29 de abril.

Após as discussões durante a noite, Tsakalotos disse que um "acordo técnico preliminar" tinha sido alcançado, que deverá ser aprovado numa reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, prevista para 22 de maio.