artes

Temporada abre com «Charmes», de Cesc Gelabert

A estreia em Portugal de «Charmes», do catalão Cesc Gelabert, e duas peças dos coreógrafos Henrique Rodovalho e Mauro Bigonzetti marcam, quarta-feira, a abertura da temporada 2002/2003 do Ballet Gulbenkian, em Lisboa.

Depois da estreia em Setembro no Gran Theatre del Liceu, em Barcelona, o Ballet Gulbenkian apresenta agora, no arranque da temporada «Charmes», obra criada pelo coreógrafo catalão Cesc Gelabert para a companhia a partir de peças para piano do compositor Frederic Mompou.

Esta coreografia, que será acompanhada ao vivo pela pianista Bárbara Dória, situa-se num espaço imaginário, um lugar fora do quotidiano, em que o tempo parece parar e onde os pequenos detalhes tomam sentido.

O movimento dos bailarinos é tratado como o reflexo abstracto de diversas personagens, numa combinação de alegria e tristeza.

Além de «Charmes», o Programa I do Ballet Gulbenkian integra ainda «Prumo», do coreógrafo brasileiro Henrique Rodovalho, e «Cantata», do italiano Mauro Bigonzetti - as primeiras experiências destes autores com a companhia.

Henrique Rodovalho, fundador, director artístico e coreógrafo da companhia brasileira Quasar, apresenta «Prumo», uma coreografia em que personagens e acções surgem e dissolvem-se dentro dos corpos e movimentos.

Do programa faz ainda parte «Cantata», uma peça que o coreógrafo Mauro Bigonzetti criou para o Ballet Gulbenkian e que foi apresentada pela primeira vez no âmbito da programação da Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura.

Bigonzetti, director artístico e coreógrafo da companhia Aterballeto, foi buscar inspiração às mulheres lusas e trabalha as semelhanças entre as duas culturas, a portuguesa e a italiana.

«Cantata», uma ode à mulher, à vida, ao amor, tem a particularidade de contar com canções tradicionais napolitanas que serão interpretadas ao vivo por Cristina Vetrone, Lorella Monti, Enzia Prestia e Enzia Pagliara.

«Prumo», «Charmes» e «Cantata», podem ser vistos de quarta-feira a sábado no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

«See Blue Through», da holandesa Didy Veldman, «Charmes», de Cesc Gelabert, e «Cantata», de Mauro Bigonzetti, integram o programa II da companhia, que arranca a 7 de Novembro.

Redação