A «Caixa de Remorsos», a mais importante obra gráfica de Pablo Picasso, vai estar patente ao público a partir de dia 15 no Centro Cultural de Cascais. Poderão ainda ser observadas 45 gravuras representativas da evolução do artista.
«O objectivo é permitir ao público português o acesso à obra mais importante de Picasso por ser a mais representativa em termos da sua evolução como artista e abordar muitos temas que se reflectiram na sua pintura», disse à agência Lusa Salvado Telles Menezes, da Fundação D. Luís I, uma das entidades organizadoras da exposição.
Segundo o responsável, a «Caisse à Remords» («Caixa de Remorsos») é a quarta mostra da obra gráfica de Picasso promovida pela Fundação D. Luís I, depois das «Suites Vollard», «156» e «347».
«Através da observação daquelas peças podemos perceber as várias facetas e tendências de Picasso ao longo da sua vida e os vários momentos da sua obra», salientou Salvado Telles Menezes.
A «Caisse à Remords» é um conjunto de peças que ocupa um lugar significativo na trajectória do criador pela sua mestria no aproveitamento das técnicas de verniz, água forte e água tinta e ponta seca, que permite ao espectador envolver-se no mundo de Picasso como se de uma autobiografia se tratasse, frisou Salvado Telles Menezes.
Segundo o responsável, é a segunda vez nos últimos cinco anos que esta exposição vai estar patente, o que constitui «um feito à escala nacional, tornado possível pelo protocolo assinado em 1997 entre Fundação D. Luís I e a«Fundación Bancaja» («Fundação Bancaixa»), em Valência, que é a proprietária do conjunto de peças.
A inauguração está agendada para 15 de Novembro, às 21:30, e será antecedida de uma Conferência de Imprensa, às 20:00, em que serão apresentados os resultados dos cinco anos de cooperação entre as duas fundações e anunciadas as próximas actividades conjuntas, que deverão passar em 2005 pela apresentação da obra gráfica de Picasso para ilustração de livros.
A exposição vai estar patente até Janeiro.