O livro dos Recordes Mundiais do Guinness para 2003, versão portuguesa, foi apresentado segunda-feira. Chris Marais destacou a entrada de cerca de mil novos recordes. A sessão acabou com um novo recorde: 167 gramas de gelado em 30 segundos.
O livro dos Recordes Mundiais do Guinness para 2003, versão portuguesa, foi apresentado na segunda-feira, na Fnac do Colombo. A apresentação esteve a cargo de Chris Marais, da equipa de investigação do Guinness, que para a nova edição destacou a entrada de cerca de mil novos recordes, incluindo os do 11 de Setembro.
A versão do livro em português esteve «parada» desde o início da década de 80, mas com as Publicações D. Quixote o «Guinness World Records» (GWR) regressa às bancas, para registar os mais fantásticos feitos humanos, em cerca de 20 mil categorias.
«Esta nova edição tem cerca de mil novos dados, o que é bastante. Os recordes mais significativos foram sem dúvida os do 11 de Setembro, que ficou marcado como o maior atentado terrorista de sempre, com mais danos, com a maior área afectada, com o maior número de mortos, mas também com o maior número de salvamentos. Teve ainda o maior número de bombeiros mortos numa única operação», afirmou o responsável à TSF.
Sobre o livro mundialmente conhecido, Chris Marais explicou que a ideia partiu de uma discussão de três amigos, um dos quais director da cerveja Guinness, sobre qual seria a ave mais rápida da Europa, em 1955. A partir daí foi sempre a crescer. O Guinness já vendeu mais de 90 milhões de cópias em todo o mundo e vende cerca de cinco milhões de cópias anualmente, estando traduzido para 20 línguas, em mais de 70 países.
Feitos obedecem a critérios
Para se decidir o que é ou não um recorde há vários critérios e regras a seguir. O feito tem de ser quantificado e medido, tem que poder ser quebrado, tem que ser interessante e tem que ser provado, através de vídeos ou testemunhas.
O GWR recebe perto de 60 mil contactos anuais para tentativas de recorde. O processo incia-se com o contacto de quem quer ser o recordista de determinado feito, a equipa do GWR envia as suas regras para a categoria.
Depois do feito concretizado, há que enviar as provas e testemunhos para a equipa de investigação que decide o resultado e envia, ou não, o certificado do recorde. «Temos cerca de 80 por cento de rejeições, do total de tentativas que nos chegam», explicou Chris Marais.
Sobre o porquê de haver pessoas a tentar bater estes recordes, o responsável afirmou que «todos o podem fazer, envolve dedicação, pode ser divertido, pode levar a uma integração numa comunidade, pode ser para mostrar uma condição física, um 'dom', ou simplesmente porque gostaram do livro e querem entrar».
Portugal tem «o maior comedor de gelado em 30 segundos»
Actualmente, Portugal entra no Guinness com recordes como o maior «bouquet» de casamento, com 6,8 metros, o realizador mais velho do mundo, Manoel de Oliveira, a cabra com os cornos mais longos, com 1,09 metros, a maior mesa do mundo, que foi montada na ponte Vasco da Gama e o maior «comedor» de gelado em 30 segundos.
Este recorde foi batido depois da apresentação do livro. Um grupo de dez candidatos tentou bater o recorde de comer a maior quantidade de gelado em 30 segundos. A anterior marca era de Roldry Owen, que a 22 de Outubro deste ano tinha comido 75 gramas de gelado num programa de televisão.
As regras desta prova obrigavam a que o gelado fosse de baunilha, ou semelhante, não poderia estar há mais de cinco minutos fora do congelador e o copo não poderia sair da mesa.
Dos dez candidatos, Jaime Silva pulverizou o recorde anterior, ao comer 167 gramas de gelado nos 30 segundos. «É importante para mim. É uma experiência única, entrar no Guinness, nunca tinha pensado», disse à TSF.
Depois de Chris Marais ter quantificado o recorde, Jaime Silva recebeu o certificado oficial que o dá como «o maior comedor de gelado em 30 segundos».